O projeto, chamado Cidadania e Ética, foi pensado a
partir de conversas com os responsáveis pelos alunos. "Os pais comentavam
isso conosco, que os meninos achavam que tinham muitos direitos, mas pouco
sabiam dos próprios deveres. Sem interferir na grade tradicional, decidimos
acrescentar esses conteúdos, e o resultado tem sido muito positivo", diz o
diretor-geral do Alub, Alexandre Crispi.
Antes eu achava direito chato, falava que nunca estudaria isso, mas
agora estou vendo como é importante para mim, como cidadão mesmo. E está me
ajudando muito, porque eu quero sair do ensino médio já com um concurso
público." Pedro Paulo Cruz, aluno.
Entre as noções passadas para os alunos desde a 5ª
série estão direitos humanos, direito do consumidor, Código de Trânsito,
Estatuto da Criança e do Adolescente e Estatudo do Idoso. As aulas, que ocorrem
duas horas por semana, também abordam noções de economia.
Aluna do 2º ano, Felícia Aguiar afirmou que a inovação agradou a turma. "A
gente está nessa fase de escolher o que quer para o resto da vida. Eu me sinto
em vantagem, porque, se eu decidir fazer concurso público, já vou sair da
escola com um conhecimento que só teria em cursinho específico para isso",
afirma.
Na lista das 30 instituições com melhor desempenho no Enem em 2011, o Alub tem
ainda três unidades de cursinho preparatório para vestibular e concurso
público. Segundo o diretor, as matrículas da escola foram esgotadas ainda em
novembro do ano passado. A mensalidade cobrada é de aproximadamente um salário
mínimo.
Um método
inusitado que, com certeza, acredito, deveria ser adotado em todas as escolas
do país. Uma vez que educação deveria ser tratada de forma igualitária. Isso se
chamaria inclusão social. Uma pena ter que pagar cerca de um salário mínimo
para poder ter acesso a um estudo que deveria ser de acesso a todos
gratuitamente.
Para a professora de cidadania Mariana Penha, os
ganhos para os estudantes são inquestionáveis. "Eles estão muito mais
críticos. Agora eles sabem quais os direitos deles e conseguem analisar se o
governo tem cumprido o papel dele ou não."
Fonte: G1.globo.com
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