quarta-feira, 20 de março de 2013

ESCOLA ADOTA CONTEÚDO DE CONCURSO PÚBLICO DESDE A 5ª SÉRIE NO DF

Um colégio particular de Brasília adotou uma disciplina nada convencional a partir deste ano: nas cinco unidades, os 3,4 mil estudantes de ensino fundamental e médio recebem noções de direito e de educação financeira. A direção afirma que o objetivo é formar cidadãos mais conscientes, mas os alunos se dizem mais confiantes por estarem aprendendo conteúdos cobrados em concursos públicos. 

O projeto, chamado Cidadania e Ética, foi pensado a partir de conversas com os responsáveis pelos alunos. "Os pais comentavam isso conosco, que os meninos achavam que tinham muitos direitos, mas pouco sabiam dos próprios deveres. Sem interferir na grade tradicional, decidimos acrescentar esses conteúdos, e o resultado tem sido muito positivo", diz o diretor-geral do Alub, Alexandre Crispi.

Antes eu achava direito chato, falava que nunca estudaria isso, mas agora estou vendo como é importante para mim, como cidadão mesmo. E está me ajudando muito, porque eu quero sair do ensino médio já com um concurso público." Pedro Paulo Cruz, aluno.


Entre as noções passadas para os alunos desde a 5ª série estão direitos humanos, direito do consumidor, Código de Trânsito, Estatuto da Criança e do Adolescente e Estatudo do Idoso. As aulas, que ocorrem duas horas por semana, também abordam noções de economia.


Aluna do 2º ano, Felícia Aguiar afirmou que a inovação agradou a turma. "A gente está nessa fase de escolher o que quer para o resto da vida. Eu me sinto em vantagem, porque, se eu decidir fazer concurso público, já vou sair da escola com um conhecimento que só teria em cursinho específico para isso", afirma.

Na lista das 30 instituições com melhor desempenho no Enem em 2011, o Alub tem ainda três unidades de cursinho preparatório para vestibular e concurso público. Segundo o diretor, as matrículas da escola foram esgotadas ainda em novembro do ano passado. A mensalidade cobrada é de aproximadamente um salário mínimo.

Um método inusitado que, com certeza, acredito, deveria ser adotado em todas as escolas do país. Uma vez que educação deveria ser tratada de forma igualitária. Isso se chamaria inclusão social. Uma pena ter que pagar cerca de um salário mínimo para poder ter acesso a um estudo que deveria ser de acesso a todos gratuitamente.
 

Para a professora de cidadania Mariana Penha, os ganhos para os estudantes são inquestionáveis. "Eles estão muito mais críticos. Agora eles sabem quais os direitos deles e conseguem analisar se o governo tem cumprido o papel dele ou não."

Fonte: G1.globo.com

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